19/01/2015

Igreja Católica procura «novos modelos» de presença junto dos portugueses na diáspora



Agência Ecclesia

 




Conclusões do XV Encontro de Agentes Sociopastorais das Migrações


Setúbal, 17 jan 2015 (Ecclesia) – O XV Encontro de Agentes Sociopastorais das Migrações terminou hoje, em Setúbal, propondo estratégias que construam uma “visão positiva da emigração” e que requalifiquem as estruturas de acolhimento e resposta pastoral às comunidade portuguesas na diáspora.

“«Terá chegado a hora» de procurar novos modelos de animação pastoral das comunidades católicas na diáspora a partir de projetos bilingues, inseridos nos contextos de destino, que permitem enriquecimentos recíprocos”, refere o documento conclusivo enviado à Agência ECCLESIA.


Os participantes no XV Encontro de Agentes Sociopastorais da Migrações afirmaram também a necessidade de “promover uma visão positiva da emigração” através da criação de “estruturas e grupos” que realizem “um acolhimento ativo, pessoal e comunitário”.


A necessidade de “tomar consciência dos pressupostos da vida cristã e eclesial”, das “questões concretas” a partir de “diagnósticos realizados em proximidade” é uma necessidade que exige “disponibilidade para diferenças possivelmente maiores” das que os crentes estão “habituados ou preparados para admitir”.


A caraterização da mobilidade humana na atualidade vai tornar necessária a inclusão de respostas sociais nos projetos das missões católicas na diáspora portuguesa, porque é novamente urgente ajudar na “procura de emprego ou casa”, por exemplo.



Para os participantes no XV Encontro, é necessário “promover a interculturalidade, tanto nos contextos de origem como nos de partida de cada migrante, certos de que a multiculturalidade é um desafio possível em estratégias de integração de diferentes culturas e religiões”.



Com as estatísticas de vagas de emigração comparáveis às dos anos 60, os agentes sociopastorais das migrações consideram que “quando forçada, a emigração é uma das decisões ‘mais violentas’ na estrutura familiar, porque implica afeto, alterações num projeto de vida; quando uma opção, é uma oportunidade de descoberta vocacional, aperfeiçoamento pessoal e saída profissional”.


Com o tema “Migrações e Família”, o XV Encontro sugere que se inclua no debate em curso a partir da realização do Sínodo dobre a Família “o realismo do percurso de cada família” e a consequente “atenção pastoral”.


Promovido pela Agência Ecclesia, a Cáritas Portuguesa, o Departamento Nacional da Pastoral Juvenil e a Obra Católica Portuguesa de Migrações, o XV Encontro decorreu entre os dias 16 e 18, na Diocese de Setúbal.


PR




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