Morales foi consultado se o Papa Francisco poderia mediar
a disputa entre Bolívia e Chile.
Morales foi consultado, em entrevista à rede de meios governamentais, se o Papa Francisco poderia mediar a disputa entre os dois países, após as bem-sucedidas gestões do Vaticano visando à normalização das relações entre Estados Unidos e Cuba.
“Não estou certo sobre o papa, embora ele tenha me pedido documentação. Passei a ele o livro que fizemos”, disse Morales, referindo-se ao chamado “Livro Azul”, que contém as justificativas históricas e políticas da Bolívia em seu pedido ao Chile de uma saída soberana para o mar.
O texto também contém os antecedentes da queixa apresentada em 2013 pela Bolívia contra o Chile na Corte Internacional de Justiça (CIJ), à qual recorreu para exigir de Santiago que negocie uma saída para o mar para a nação sul-americana mediterrânea.
Morales confirmou no mês passado que o papa visitará a Bolívia em 2015, mas não divulgou a data. Ele expressou seu desejo de que a presença papal sirva para ajudar a Bolívia a promover sua agenda internacional.
La Paz reivindica junto a Santiago parte de seu litoral, que perdeu em uma guerra no fim do século XIX, quando foi obrigada a ceder 400 km de costa e 120 mil km² de território.
O Chile diz que não tem assuntos pendentes com a Bolívia, e que um acordo de paz assinado em 1904 definiu os limites fronteiriços.
Bolívia e Chile mantêm relações apenas consulares desde 1978.
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