17/08/2015

Papa Francisco: saudação especial aos numerosos jovens do movimento jovem salesiano


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Rádio Vaticana


Roma (RV) – No Angelus deste domingo (16) o Papa Francisco dirigiu uma saudação especial aos numerosos jovens do movimento jovem salesiano, “reunidos em Turim nos lugares de São João Bosco para celebrar o bicentenário do seu nascimento. Vos encorajo a viver no quotidiano a alegria do Evangelho, para gerar esperança no mundo”. A Rádio Vaticano entrevistou o Reitor Mor dos salesianos, Padre Ángel Fernández Artime, que afirmou esta manhã, na celebração conclusiva do bicentenário de Dom Bosco, que “O carisma salesiano é um dom que Deus, por meio de Dom Bosco, fez à Igreja e ao mundo.


“Decidimos não fazer festa, mas ter, ao contrário, momentos profundos por ser família salesiana: momentos profundos com os jovens e de intervir e de estar presentes sobretudo entre os jovens pobres. Eu pude estar presente, neste ano, até agora, em 32 países. Mais ou menos este foi o nosso programa e o nosso desafio para o ano”.


RV: Como na tradição salesiana, este ano se conclui com um grandíssimo encontro de juvenil. Milhares de jovens do Movimento Jovem Salesiano estão enchendo as zonas onde Dom Bosco viveu. O que o senhor poderia contar sobre estes últimos dias do encontro?


“Como família salesiana, não podemos entender uma celebração do bicentenário de Dom Bosco se não existem jovens. Um grande encontro com os jovens do mundo. Vieram mais de 5.500 de 58 países, faltou somente a Austrália. É bonita a presença da África, belíssima também a da Índia e grande, sem dúvida, a da Europa. São dias de grandíssima emoção. São dias de muita profundidade na oração, na reflexão e devo dizer que estamos maravilhados pela resposta destes jovens. Não se vê um rosto triste, não se vê nenhuma preocupação. É realmente o modo mais bonito para concluir esta ano do bicentenário”.


RV: Seguramente não é uma conclusão, mas é – se quisermos – um novo início para a família salesiana. O que significa fazer memória do sonho de Dom Bosco neste momento histórico?


“Certo, nós em 16 de agosto concluímos este percurso de um ano natural. Começa, porém, de novo, o nosso compromisso por uma maior fidelidade a Dom Bosco e a seu carisma. Foi um ano realmente de graça. Foi um ano para levar muito a sério a nossa realidade, com as nossas fraquezas como família salesiana. Devo dizer a vocês, porém, que nos encontramos diante de um grande desafio e de uma grande esperança: acreditamos que hoje podemos oferecer, em nome de Dom Bosco, tantas coisas bonitas aos jovens do mundo. Neste sentido, iniciamos de novo o centenário de Dom Bosco, porque queremos seguir em frente neste caminho de fidelidade”.


RV: Toca muito, a este propósito, a presença dos salesianos em algumas zonas muito difíceis do planeta. Vem em mente a Síria, por exemplo….


“É certo que, quer no Oriente Médio com a Síria, como na Nigéria, quer no Sudão, quer no Paquistão como em Serra Leoa com o Ebola, em todos os lugares em que estamos, a mim toca ver os salesianos que afirmam querer permanecer para sempre ali com os mais pobres. Como disse o Papa Francisco a toda a Igreja, e também a todos nós, devemos realmente ir ali onde nos esperam aqueles que têm mais necessidade de nós”.


RV: O senhor conheceu pessoalmente o Papa antes de subir à Cátedra de Pedro. Vocês se sentiram acompanhados pelo Papa neste ano?


“Certamente, eu conheci o nosso Cardeal. Tinha uma relação normal, como com tantos outros. Foi muito próximo. Neste ano a sua sensibilidade nos tocou muito: é um bonito estímulo. Esteve muito próximo este ano, no sentido de que nos encorajou, também com a carta que quis escrever para toda a família salesiana e com esta visita que quis fazer, com grande generosidade, a Valdocco, para rezar ao Senhor diante de Maria Auxiliadora. Foi realmente um abraço de pai. Somos realmente muito agradecidos ao Santo Padre por tudo isto”.


RV: Um dos grandes temas da atualidade é o das migrações das sociedade multiculturais. Qual a reflexão dos salesianos sobre este tema?


“Devo dizer que nós nos encontramos também em tantos lugares, em que muitas pessoas abandonam suas nações. A estes 5.500 jovens, disse que devem realmente ter critérios evangélicos por tudo isto. Nós não podemos nos encontrar aqui, celebrar Dom Bosco, celebrar a fé e ter depois os mesmos critérios que têm aqueles que na nossa Europa se encontram à frente de instituições e veem tantas dificuldades, por exemplo, com as migrações”. (JE)


(from Vatican Radio)


 



Papa Francisco: saudação especial aos numerosos jovens do movimento jovem salesiano

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