Francisco recebeu patriarca da Igreja Ortodoxa da Etiópia
“Não podemos deixar de exigir, mais uma vez, aos que regem os destinos políticos e económicos do mundo, que promovam uma coexistência pacífica baseada sobre o respeito recíproco e sobre a reconciliação, o perdão mútuo e a solidariedade”, disse Francisco, perante Tewahedo Abuna Matias I e a sua delegação.
O Papa disse aos ortodoxos etíopes que são uma “Igreja de mártires” desde o seu início e que ainda hoje se assiste a uma “violência devastadora contra os cristãos e as outras minorias no Médio Oriente e nalgumas partes da África”.
“Da mesma forma como o derramamento de sangue dos mártires se tornou semente de novos cristãos na Igreja primitiva, hoje o sangue de tantos mártires pertencentes a todas as as Igrejas torna-se semente de unidade dos cristãos”, acrescentou.
Francisco sustentou que “os mártires e os santos de todas as tradições eclesiais são já uma só coisa em Cristo”.
A intervenção assinalou a melhoria da Igreja Católica com a Igreja Ortodoxa da Etiópia desde as primeiras visitas de um patriarca, Abuna Paulo, ao Papa São João Paulo II, em 1993, e ao Papa emérito Bento XVI, em 2009, para intervir no Sínodo dos Bispos sobre África.
O Papa aludiu ainda à situação na Etiópia, em particular à “falta de água, com as suas graves repercussões sociais e económicas”.
A Igreja Ortodoxa da Etiópia, das Igrejas Ortodoxas Orientais, conta com 35 milhões de fiéis e Abuna Matias foi eleito a 28 de fevereiro de 2013.
OC
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