Igreja Católica tem ainda «muitos campos de apostolado por explorar», afirma o Papa

Francisco recebeu hoje em Roma os participantes da última assembleia do Conselho Pontifício para os Leigos, que vai ser reformulado

Cidade do Vaticano, 17 jun 2016 (Ecclesia) – O Papa participou hoje na última assembleia do Conselho Pontifício para os Leigos, que vai ser em breve integrado no dicastério da Santa Sé para a Família, em ligação com a Academia para a Vida.

Perante cerca de uma centena de pessoas ligadas aos diversos setores pastorais da Igreja Católica, Francisco “agradeceu os frutos abundantes” que o organismo gerou ao longo dos anos, desde que foi instituído depois do Concílio Vaticano II (1962-1965).

“O mandato do Concílio foi o de mobilizar cada vez mais e melhor os leigos na missão salvífica da Igreja”, uma obra que tem agora de “prosseguir” com a mesma “paixão e empenho”, salientou o Papa argentino.

Apelando a uma ação laical cada vez mais “em saída”, Francisco apontou que ainda existem muitos “campos de apostolado por explorar”, dando como exemplo aqueles que se encontram “distantes” da Igreja, e “tantas famílias em dificuldade e necessitadas de misericórdia”. 

Neste contexto, frisou a necessidade de “leigos com visão do futuro e não fechados nas pequenezas da vida, mas experientes e com novas visões apostólicas”.

Na mensagem deixada aos membros do Conselho Pontifício para os Leigos, o Papa exortou todos a acolherem esta “reforma na Cúria Romana” como um “sinal de estima e valorização do seu trabalho”.

Explicou depois as prioridades traçadas para “o novo organismo”, que terá como campos privilegiados a família e a defesa da vida.

Sobretudo neste Ano Jubilar da Misericórdia, a Igreja Católica é chamada a ser casa paterna, comunidade evangelizadora”, sustentou.

O Papa lembrou que “com o batismo e a confirmação”, cada leigo deve “assumir a sua condição de discípulo missionário do Senhor, sal da terra, luz do mundo e fermento que transforma a sociedade”.

Mas ressalvou que a ação pastoral e missionária da Igreja só será eficaz se contar com “leigos bem formados, animados pela fé cristã” e que não tenham medo de “sujar as mãos” pela causa dos mais carenciados.

JCP 

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