Comunidade internacional deve tomar medidas urgentes para ajudar a construir a resiliência, segurança alimentar e restaurar os meios de subsistência em El Salvador, Guatemala e Honduras, que sofrem impacto da seca e outros efeitos climáticos extremos
O fenómeno do El Niño está a provocar impactos severos na América Central, nomeadamente em El Salvador, Guatemala e Honduras, que sofrem com a seca e outros efeitos climáticos extremos.
«Nós precisamos de um foco sobre a resiliência, o desenvolvimento sustentável inclusivo e a adaptação às alterações climáticas», disse José Graziano da Silva, diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), numa reunião de alto nível na sede da FAO em Roma, Itália.
Graziano da Silva apelou à necessidade de alterar a estratégia tradicional de montar uma resposta humanitária por cada emergência, para combater as causas estruturais da pobreza e da insegurança alimentar.
O foco desta reunião é o chamado «corredor seco» da América Central, onde o El Niño provocou a uma das piores secas em décadas, com 3,5 milhões de pessoas a viverem em insegurança alimentar. Destas, 1,6 milhões vivem moderadamente ou severamente uma situação de insegurança alimentar.
A situação também está a colocar em risco a vida de milhões de pequenos agricultores familiares nesse «corredor seco», muitos dos quais estão fortemente dependentes da agricultura de subsistência.
Fátima Missionária
El Niño deixa milhões em risco de fome
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