02/03/2012

Dados do IDSUS mostram que Brasil tem que melhorar, diz ministro em PE

Alexandre Padilha falou sobre índice lançado na quinta; PE ficou em 16º.
Ministro veio à capital pernambucana conferir ações do S.O.S Emergências.

Luna MarkmanDo G1 PE
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Ministro Alexandre Padilha fala sobre IDSUS (Foto: Luna Markman/G1)Ministro Alexandre Padilha fala sobre o IDSUS
(Foto: Luna Markman/G1)
Em visita ao Hospital da Restauração, no bairro do Derby, área central do Recife, nesta sexta-feira (2), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, falou sobre o Índice de Desempenho do SUS (IDSUS 2012), lançado por ele na quinta-feira (1º). A ferramenta avalia o acesso e a qualidade dos serviços de saúde no país. Pernambuco ficou em 16° lugar, atrás de Piauí, Sergipe, Bahia, Alagoas e Rio Grande do Norte, no Nordeste, com a nota de 5,29.
"Esses dados mostram quanto o Brasil tem que melhorar, sobretudo, na ampliação do acesso ao serviço de saúde, que é o maior peso na estatística. Agora, cada região terá uma meta de desempenho, que, se alcançada, será premiada", comentou o ministro.
Criado pelo Ministério da Saúde, o índice avaliou entre 2008 e 2010 os diferentes níveis de atenção (básica, especializada ambulatorial e hospitalar e de urgência e emergência), verificando como está a infraestrutura de saúde para atender as pessoas e se os serviços ofertados têm capacidade de dar as melhores respostas aos problemas de saúde da população. O índice avalia, com pontuação de 0 a 10, municípios, regiões, estados e país com base em informações de acesso, que mostram como está a oferta de ações e serviços de saúde, e de efetividade, que medem o desempenho do sistema, ou seja, o grau com que os serviços e ações de saúde estão atingindo os resultados esperados. 
Para o secretário de Saúde do estado, Antônio Carlos Figueira, o índice é uma ferramenta importante, um ponto de partida. Ele acredita que a posição do estado irá mudar quando avaliarem os investimento de 2010. "É a primeira experiência nesse sentido. Esse levantamento não levou em consideração, por exemplo, os grandes investimentos feitos em 2010 na área da saúde. Daqui a três anos, vamos com certeza encontrar um retrato bastante diferente. Uma questão que já vai mudar, por exemplo, é o acesso a especialistas no interior com a construção de 11 UPAs [Unidade de Pronto Atendimento] Especialidade", disse o secretário.    
Padilha assina placa de visita no HR (Foto: Luna Markman/G1)Padilha assina placa de visita no HR
(Foto: Luna Markman/G1)
O ministro da Saúde veio pela segunda vez ao Recife, nesta sexta, conferir o andamento das ações do S.O.S Emergências no Hospital da Restauração. A primeira visita foi em dezembro, quando o projeto foi lançado. Padilha reconheceu que neste intervalo houve avanço na emergência e urgência da unidade, sobretudo na informatização do setor.
"A realidade do Hospital [da Restauração] já mudou, sobretudo com a criação de 120 leitos de retaguarda, que melhora a rotatividade dos leitos. Isso já esvaziou o número de macas no corredor. Além disso, também vi um estágio mais avançado na informatização de toda urgência e emergência, com a aplicação de R$ 200 mil, recurso do Ministério [da Saúde]. Dentro de 60 dias, todo o setor deve estar informatizado, melhorando o monitoramento dos leitos', disse o ministro.
De acordo com Padilha, R$ 3 milhões já estão disponíveis para o HR investir em melhoras estruturais. "Temos que reconhecer os avanços, mas buscar novos. Cerca de R$ 3 milhões já foram contratados para uma ampla reforma na urgência e emergência do hospital. É preciso reformar todo esse espaço para poder oferecer à população um atendimento mais humanizado", falou.
Segundo o secretário Antônio Figueira na próxima semana será anunciado um conjunto de ações tanto para o Hospital da Restauração quanto para toda a rede de saúde. "A prioridade aqui no HR é a expansão de leitos de neuroclínica, que hoje, essa emergência é a maior do estado, englobando, inclusive, pacientes de outros estados, como Alagoas e Paraíba", apontou.

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