05/08/2012

O centro da nossa existência é a fé em Jesus, diz Bento XVI



Da Redação, com Rádio Vaticano


Reuters
O Senhor nos convida a não esquecer que, se é necessário preocuparmo-nos com o pão material, mais fundamental ainda é fazer crescer a relação com Ele
"O centro da existência, ou seja, aquilo que dá pleno sentido e firme esperança ao caminho tantas vezes difícil, é a fé em Jesus, é o encontro com Cristo". A afirmação foi dita pelo Papa Bento XVI no Angelus deste domingo, 5. 

Centenas de pessoas foram até a residência apostólica de Castel Gandolfo, onde o Santo Padre passa um período de descanso, para acompanhar sua tradicional reflexão dominical.

O Papa comentou o Evangelho do dia (cf. Jo 6, 24-35), em que Jesus interpela a multidão pelo fato de O procurarem não por terem visto os sinais de Deus, mas apenas por terem sido saciados, com a multiplicação dos pães.

“Jesus quer ajudar as pessoas a não ficarem apenas no nível da satisfação imediata das próprias necessidades materiais, por muito importantes que sejam. Quer abrir a um horizonte da existência que não é simplesmente o das preocupações cotidianas do comer, do vestir, da carreira”, destacou Bento XVI.

As pessoas não compreendem o que Jesus lhes propõe. Pensam que lhes pede o cumprimento de qualquer preceito, para que o milagre continue. Mas a resposta de Jesus é: “a obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou”.

“O centro da existência, ou seja, aquilo que dá pleno sentido e firme esperança ao caminho tantas vezes difícil, é a fé em Jesus, é o encontro com Cristo. Não se trata de seguir uma ideia, um projeto, mas de O encontrar como uma Pessoa viva, de deixar-se tomar totalmente por Ele e pelo seu Evangelho. Jesus convida a não nos determos no horizonte humano, mas a abrir-nos ao horizonte de Deus, ao horizonte da fé. Ele exige uma única obra: acolher o plano de Deus, isto é, ‘crer n’Aquele que Ele enviou’.”

Não é com a atividade humana que podemos “ganhar” Jesus, o verdadeiro pão que sacia a nossa fome de sentido, de verdade. Ele vem a nós apenas como dom do amor de Deus, como “obra de Deus”, que nos toca pedir e acolher.

“Caros amigos, nas nossas jornadas cheias de ocupações e de problemas, mas também nas de repouso e distensão, o Senhor nos convida a não esquecer que, se é necessário preocuparmo-nos com o pão material e com o retemperar das forças, mais fundamental ainda é fazer crescer a relação com Ele, reforçar a nossa fé n’Aquele que é o ‘pão da vida’, que enche o nosso desejo de verdade e amor”. 

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