Nesta terça-feira (14), uma reportagem da Agência Estado divulgou que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai proibir as operadoras de cobrarem por novas chamadas para um mesmo número se a ligação cair. Com a nova medida, os usuários terão 2 minutos para refazer essas ligações. Na avaliação do vice-presidente da TIM, Mário Girasole, a proposta de regulamento é "uma oportunidade para se desfazer mal-entendidos".
Em entrevista à Agência Estado, o executivo afirmou que a companhia nunca lucrou com a queda de chamadas dos planos Infinity, que fornece ligações de tempo ilimitado a um preço fixo. "Depois de um período de grande turbulência midiática, uma medida como essa dará mais clareza e transparência ao nosso modelo de serviços ilimitados. Enxergamos como uma oportunidade para limpar a mesa dessas polêmicas", disse Girasole.
Segundo informe divulgado nesta quarta-feira (15), a TIM se propôs a adotar as novas regras, antes mesmo da exigência da Anatel, que só deve ser aprovada daqui a um mês. A companhia anunciou que já vai começar a aplicar na próxima semana os dois minutos de tolerância para a recuperação de ligações em seis Estados do Nordeste.
Na semana passada, o Ministério Público do Paraná divulgou um relatório preliminar de fiscalização da Anatel que apontava que, em apenas um dia, a companhia teria faturado R$ 4,3 milhões pelo desligamento proposital das ligações de 8,2 milhões de usuários. Com o novo regulamento, esse cenário não voltaria a ocorrer.
"Não podemos falar em perda de receita porque essa questão da queda de chamadas não gera ganhos que possam ter relevância para uma empresa do tamanho da TIM", argumentou o executivo. Nos planos de ligações ilimitadas, como o Infinity, da TIM, o usuário é cobrado pelo número de chamadas que faz, e não pelo tempo que dura cada ligação.
EK
Revista Época
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