Frei Marcio Magalhães*
Apesar de o termo “Minoridade”
aparecer poucas vezes nos textos de Francisco, pode-se observar que esta
questão é de fundamental marca da Ordem Franciscana, mas a própria identidade
da mesma. É uma característica que não pode jamais ser esquecida ou desvalorizada.
Para o santo, ser frade é ser menor e
estar disposto a assumir a humildade, a simplicidade e a pobreza como forma de
vida. Durante toda a sua vida, o caminho de santidade que percorreu sempre,
esteve diretamente ligado à minoridade como forma de vida.
Não é possível compreender Francisco
em toda sua santidade e radicalidade de conversão sem se levar em conta que ele
assumiu para si e para os seus o desejo de ser menor, como modo de viver o
Evangelho e de imitar Jesus Cristo, que se fez pobre, humilde e crucificado,
apesar de sua condição divina (cf. Fl 2). O Santo de Assis se fez menor e,
quando recebeu do Senhor a graça dos Irmãos, testemunhou a cada um a
necessidade de viver com critérios diferentes daqueles que eram exaltados em
sua época e que são até hoje.
Assim, ele distanciou-se do pensamento comum de
ser grande, ter poder e riqueza e buscou ser o menor, assumindo a pobreza,
acolhendo os leprosos e vivendo no meio deles. Fez-se menor para estar entre
aqueles que eram tidos como menores. Deste modo, mostrou ao mundo que é
possível uma realidade diferente, onde os valores indicados por Jesus Cristo
têm mais valor que os apontados pelo mundo.
*Frade franciscano, RS
*Frade franciscano, RS
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