13/03/2013

Habitantes das Ilhas Malvinas aprovam domínio britânico


Moradores das Ilhas Malvinas comemoram o resultado do referendo que perguntou se eles queriam continuar sob domínio do Reino Unido. 99,8% dos habitantes disseram "sim". (Foto: Javier Lizón/EFE)Quase 100% dos habitantes das Ilhas Malvinas que votaram no referendo realizado entre domingo (10) e segunda-feira (11) preferem que o arquipélago continue sob a jurisdição do Reino Unido. O Governo das Malvinas convocou a consulta em resposta à reivindicação territorial da Argentina, que pressiona o Reino Unido para que inicie um processo de negociação a fim de resolver essa disputa territorial. 
Após a apuração dos votos realizada na Prefeitura de Port Stanley, o chefe da mesa eleitoral, Keith Padgett, anunciou que chegou a 99,8% a porcentagem de eleitores que preferem que as Malvinas continuem como território dependente do Reino Unido. A participação dos habitantes das ilhas na votação foi de 92%, ou seja, 1.518 pessoas deram a sua opinião. 
Além dos quatro colégios eleitorais fixos nas duas ilhas principais, Soledad e Grande Malvina, as autoridades habilitaram cinco centros de votação "móveis", quatro deles em veículos e um em um pequeno avião, que no domingo visitaram os povoados mais afastados do arquipélago.
Os moradores das Malvinas (Falklands para os britânicos) tinham que responder com um "sim" ou um "não" se desejam que as ilhas continuem como território dependente do Reino Unido de ultramar. Para esse referendo, o primeiro deste tipo realizado nas ilhas, dez observadores de sete países supervisionaram para que a votação fosse justa e transparente.
O governo argentino afirmou que não aceitará o resultado da consulta, que considera ilegal. AArgentina, que reivindica as ilhas desde 1833, se nega a incluir os malvinenses como uma terceira parte da disputa e só aceita negociar com o governo do Reino Unido.
O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, pediu nesta terça-feira ao Governo da Argentina que "respeite" os desejos dos malvinenses, que decidiram, por arrasadora maioria, permanecer sob soberania britânica. Após o anúncio do resultado da consulta realizada no arquipélago, Cameron ressaltou que os habitantes das Malvinas "não poderiam ter sido mais claros" sobre a vontade de ser britânicos e instou "todo o mundo, inclusive a Argentina", a respeitar esse ponto de vista.
AS
Revista Época

Nenhum comentário :

Postar um comentário