Dom Orani João Tempesta, O.Cist.*
Já estamos a menos de quatro meses da realização da Jornada Mundial da Juventude aqui no Rio de Janeiro, que acontecerá de 23 a 28 de julho deste Ano da Juventude. Os passos que foram dados já nos colocam na reta final. As grandes decisões já foram tomadas, restando agora colocar tudo em prática, como já vem ocorrendo pouco a pouco. O evento tem sido, para todos nós da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, uma oportunidade de servir aos jovens do mundo todo que para cá estão se dirigindo na busca de uma experiência com Deus e, comprometidos com Cristo Jesus, serem sinais de tempos novos para o nosso mundo. As mudanças sociais, religiosas e culturais já tinham sido contempladas no documento da Vª Conferência do Episcopado Latino-Americano e Caribenho, realizado em Aparecida, aqui no Brasil. Sabemos que este é o momento de estarmos dentro de uma história que movimenta a humanidade com várias filosofias e culturas se debatendo, e encontrarmos os meios de contribuir para o presente e o futuro da humanidade. A Jornada, além do seu tema e organização definidos, tem também, já alinhavada, uma proposta muito importante para a questão que aflige a sociedade com relação ao tipo de dependência que tem coloca-do muitos jovens (e outros não tão jovens) nas ruas de nossas cidades, comandados como robôs, devido a uma dependência feroz que tem levado tantos à morte. A mensagem aos jovens, com seus belos e elevados ideais no coração e na mente, também tem sonhos de um mundo sem guerras e violência e da convivência pacífica entre todos. Às vezes, parecem sonhos utópicos que, ao passar do tempo, ficam ainda mais distantes da possível realização. A fome, que grassa tantos lugares de nosso planeta e também a discriminação e a intolerância em todos os cantos, nos fil.= ver que chegamos a um momento em que tantas soluções foram e são tentadas, mas o que temos de resposta na atual conjuntura política e social nos leva a refletir sobre os caminhos do futuro. Diante de todos estes pensamentos e fatos é que vemos a necessidade de continuar rezando, organizando e trabalhando, para que os jovens, que estarão presentes na JMJ Rio 2013, sejam sinais de esperança para o presente e o futuro do mundo. Que este tempo, abençoado por tantas pessoas que nos dão belos e importantes exemplos de coragem e ânimo, seja para todos nós de grande confiança e esperança de que Aquele que começou em nós esse caminho, também o levará ao pleno cumprimento. Que o Senhor da história, o Cristo Jesus, que nos precede nas "galileias" do mundo, e que, Ressuscitado, nos garante a vitória, acolha as nossas vidas e esperanças em semear sempre o amor da forma como foi ensinado por Ele, e nos ilumine sempre com a luz do Espírito nessa nossa caminhada para o Pai.
*Arcebispo Metropolitano do Rio de Janeiro
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