05/03/2013

Missionários festejam 50 anos de sacerdócio


Em dia de festa, celebrada com uma eucaristia na capela dos Missionários da Consolata, em Fátima, ouviram-se vários testemunhos emocionados e desvendou-se um segredo. Quatro dos cinco sacerdotes homenageados – um não esteve presente por motivos de doença – deram graças a Deus pelo percurso de cinco décadas de entrega à missão e agradeceram a todos os confrades que os acompanharam nesta caminhada. João Coelho Batista, que presidiu à celebração, não resistiu mesmo a revelar um segredo, para demonstrar o apreço pelo Instituto e por todos os membros que o compõem. 

«Durante o tempo em que estive em Moçambique enviei quase 90 cartas para a minha família. Estive a rever essas cartas e não encontrei uma única frase em que me queixasse do Instituto ou de algum dos meus confrades», revelou o sacerdote, fazendo uma retroespectiva cem por cento positiva dos seus 50 anos de sacerdócio. «Tudo o que aconteceu, mesmo as limitações, os pecados ou os erros, tudo isso foi bom», frisou. 

Aproveitando a mensagem do Evangelho, que falava de doenças e de curas, o padre Norberto Louro, recordou que as cinco décadas de ministério sacerdotal ficaram marcadas por «dois sobressaltos» em termos de saúde, que conseguiu ultrapassar. Embora só uma das doenças fosse contagiosa, aproveitou as duas «para contagiar os outros», «com serenidade» e «alegria da missão». 

António Rossi destacou a «a união» da comunidade da Consolata e lembrou o primeiro encontro com a Nossa Senhora de Fátima. Tinha saído de Itália com o pai muito doente, fez uma viagem que «foi um calvário» e quando se viu na Capelinha das Aparições, em frente à imagem da Virgem Maria, não conseguiu conter as lágrimas. «Que nós sejamos testemunhas entusiasmadas para estimular novas vocações», apelou o missionário italiano. 

Com os índios do norte do Brasil no coração, com quem trabalhou mais de uma década, o padre Eduardo Frazão agradeceu sobretudo aos missionários da Consolata que iam à sua terra (Chainça, concelho de Leiria) de bicicleta, nos tempos em que era jovem. Foram muitas das histórias que eles contaram que o incentivaram a ser sacerdote. 

No final da eucaristia, o Superior Provincial, padre António Fernandes, agradeceu «a bênção sacerdotal, o amor e o testemunho» que os cinco consagrados têm dado à missão e ao Instituto Missionário da Consolata (IMC). O padre Herculano Silva não pôde estar presente na celebração por problemas de saúde.


Fátima Missionária

Nenhum comentário :

Postar um comentário