Tatiana Félix
Adital
No marco do Dia Mundial contra a mineração, celebrado na próxima segunda-feira, 22 de julho, comunidades em defesa do meio ambiente e dos direitos das populações em vários países realizarão a Jornada Internacional de Resistênciapara dizer "Basta de despejo e destruição! Pela água e pela vida!”. O objetivo é defender a água, rios, mares, cordilheiras e todo o meio ambiente e comunidades dos tóxicos e radioativos usados nas atividades mineiras contaminantes.
Para isso, a ideia é mobilizar o maior número possível de comunidades para se manifestarem de forma pacífica e apartidária e demonstrar seu rechaço aos diversos tipos de mineração contaminantes: tóxica, metálica, à céu aberto, nuclear, radioativa, submarina, subterrânea. Em defesa da água, também podem aproveitar a ocasião para dizer não ao plano mineiro energético, plano nuclear, às represas hidroelétricas, e defender as leis nacionais em defesa da natureza e leis que proíbam a mineração contaminante, nuclear e radioativa.
As comunidades e povos autoconvocados que participarão das atividades da Jornada Internacional de Resistência devem se manifestar em praças, em frente às sedes de governo, legislativos e congressos nacionais, ou ainda diante das empresas mineiras ou dos locais de instalação de minas. Para aderir à jornada, envie um e-mail para: acciones.noalamina@gmail.com
Atividades confirmadas e previstas
Na Argentina, grupos de Esquel e Trelew (Chubut), Buenos Aires, Andalgalá (Catamarca), Tucumán e Mendoza já estão programando suas atividades como manifestação, distribuição de panfletos, bandeiraço, eventos artísticos e outras formas para dizer "não à mineração”.
A Mesa Ambiental dos Andes (MEAMA) realizará em Antioquia, na Colômbia, uma jornada em silêncio no principal parque do município, para instalar 25 cartazes com imagens da fauna, flora e patrimônio hídrico e assim demonstrar a rica biodiversidade do município de Andes que deve ser preservada. Outras comunidades como Las Piedras e Ibague, em Tolima, também realizarão atividades pelo Dia mundial contra a mineração.
Dentro do contexto de crise diante das políticas impulsionadas pelo governo de Juan Manuel Santos, que tem concedido facilidades para empresas transnacionais mineiras explorarem o território colombiano, pequenos mineiros artesanais iniciaram ontem (17) uma paralisação por tempo indeterminado em 18 departamentos do país. Segundo informações da Prensa Latina, os mineiros artesanais de ouro, carvão, sal e areia pedem melhores condições de trabalho e que os modelos que regulamentam os códigos do estatuto mineiro sejam respeitados.
No Uruguai, a concentração será na Praça Independência em Montevidéu, pela tarde, e seguirá em marcha de protesto até a empresa mineira Zamin Ferrus, que executa o projeto Aratirí. Em Cajamarca, no Peru, local conhecido de mobilização contra o projeto mineiro Conga, haverá uma Jornada de Luta em frente às instalações da mina na província de Celendín. Em Galícia, na Espanha, a atividade da Jornada Internacional de Resistência ocorrerá no dia 21.
Também estão previstas atividades no Panamá, com organização do Coletivo Vozes Ecológicas; em Açailândia (Maranhão), no Brasil, com iniciativa da organização Justiça nos Trilhos; em Vallenar (Vale de Huasco), no Chile; em Maracaibo, na Venezuela; em Morelos e San Luis de Potosí, no México; no Equador; França e Canadá.
Para saber mais, acesse: www.noalamina.org, www.facebook.com/noala.mina ouwww.facebook.com/pages/NO-A-LA-MINA/.
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